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quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sociedade civil e legislativo discutem segurança pública em Pintadas



Na terça-feira, 2 de dezembro, representantes de diversos setores da sociedade utilizaram a tribuna da câmara de vereadores de Pintadas para discutir junto ao poder legislativo local, a atual situação da segurança pública no município.   

A mobilização  foi realizada devido aos altos índices de insegurança da população pintadense que está passando por um estado de medo constante, intensificado apôs  a morte  do jovem Mauricio Suzarte Nunes, no dia 21 de novembro deste ano.

“Eu moro em uma cidade e tenho medo em sair, uma cidade tão pequena como Pintadas onde todos conhecem todos. Onde estão as autoridades? quais medidas cabíveis  estão sendo pondo em prática?. Até os nossos visitantes estão preocupados com a nossa situação”. Disse Amanda Rosário, representante do NUCA (Núcleo de Participação e Cidadania dos Adolescentes).

Também foram questionadas as ações do executivo e do legislativo municipal em prol da juventude, relacionadas a temáticas como educação, cultura e lazer, como disse na tribuna o jovem estudante Igor Ribeiro. “Fazer calçamento todo mundo faz, quero ver é ter professores nas escolas e desenvolver melhores condições de vida para a juventude.”


Outras demandas apontadas foram a presença do delegado mais vezes no município, mais patrulhamento nas ruas,  aumento do efetivo de policiais, ter  uma maior rotatividade de policiais e a presença da polícia da Caatinga  durante um período no município.


Em meio a cobrança dos representantes da sociedade ao poder público, o vereador  Vandelson chamou a atenção para uma parcela de culpa do cidadão comum. “O próprio jovem que diz que a cidade não tem lazer, se o prefeito deixar  de trazer uma abanda  que custa cem mil reais para uma festa e investe este recurso em um projeto sociocultural, ele critica a ação do prefeito”.



Os vereadores expressaram interesse em dar continuidade a este
diálogo com a sociedade para buscar as soluções para os problemas, a partir de mais participação dos pintadenses nas sessões da câmara, o desenvolvimento de outras atividades e reuniões junto a outras esferas do poder público e a criação de uma comissão de segurança pública.   

“O povo não pode só falar e não formalizar nada, o povo deve reivindicar e formalizar”. Afirmou o vereador Valberto.

Outra mobilização que está sendo desenvolvida é o movimento “Segurança já”, onde diversos jovens do município de Pintadas estão dialogando nas redes sociais, ações em prol da temática. Os quais pretendem realizar ainda no mês de dezembro uma atividade que reúna representantes dos poderes legislativos e executivos, além de conselheiros tutelares, ONGs, sindicatos e também representantes das polícias Civil e Militar.   

Abaixo algumas frases ditas na tribuna :

“Venho acompanhando no tribunal de contas que está sendo gasto dinheiro público com a segurança, mas a população não está vendo o resultado. Vimos gastos absurdos no município, tem gastos para todas as secretarias, mas para o concelho tutelar não tem, isso é inadmissível, logo que são esses que vão onde os jovens e crianças estão.”Vereador Zulego

“Precisamos pensar em políticas que não venham mudar isso não só momentâneo, precisamos fazer valer que as leis do município  sejam validas. Agente está trazendo sugestões para caminharmos juntos, sociedade, executivo e legislativo, é nossa responsabilidade fazer junto esse trabalho” Valdirene, presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos de Pintadas.


Nós precisamos de segurança não só na cidade. Onde está a segurança do homem do campo para que ele possa produzir e viver no campo?.
Nereide Segala, presidenta da Cooperativa Ser do Sertão.





“Ultimamente o que tenho visto em pintadas foram momentos horríveis, sou pai de duas filhas e estou preocupado com elas. Tem muitos jovens na lista de outros jovens, tudo isso devido as drogas, mas vamos apostar e agir que vai ser tudo diferente”.

Valter Menezes, locutor e presidente do Conselho da Criança e do Adolescente de Pintadas.

“Não adianta se a família não cumpre o seu papel de educar, nem o conselho nem a polícia vai dar jeito, mas se nós nos unirmos tem jeito”

Rosileide, Conselheira Tutelar





“Muitos falam que esta é uma situação de todo brasil mas se não concertamos a nossa casa o Brasil não se concerta”

João Batista, ex-vereador






“A segurança pública é um problema da sociedade contemporânea que precisa ser encarado. Segurança não se combate apenas com a força da polícia, o que estamos vivendo hoje com a segurança é o resultado do que os governos, instituições e famílias estão colhendo o que foi plantado nos últimos 30 anos”.
Vandelson, vereador

Fotos da sessão
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 Redação e fotos: Jorge Henrique

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