Mairi é um dos 257 municípios baianos que estão em situação de
emergência devido a seca. A estiagem prolongada é considerada uma das
piores dos últimos 47 anos.
Mas os grandes reflexos da seca estão na zona rural do município. O gado
que se alimenta em um pasto seco, vem sofrendo sem comida e pouca água.
Muitos animais já morreram. Nos meses de março, abril e maio, saíram
quase 25 mil animais do município de Mairi, para o oeste e sul da Bahia.
Destes, retornaram muito pouco.
Em algumas localidades do município, a palha do licuri, mandacaru,
caroço de algodão, milho passado entre outras rações, ainda é a única
solução para alimentar os animais. A água é pouca, em várias localidades
as grandes aguadas já secaram.
Na sede do município, que é abastecida pela barragem de São José do
Jacuípe, a Empresa Baiana de Água e Saneamento (Embasa) adotou o
racionamento de água. Em algumas ruas, ficam sem abastecimento por mais
de 15 dias.
A CORDEC - Coordenação Estadual de Defesa Civil liberou mais R$ 100 mil
para combater a seca no município. O Exercito está a procura de mais
carros-pipa para contratar, com o objetivo de ampliar o abastecimento. A
água está sendo colocada nas escolas e unidades de saúde, mas não está
sendo o suficiente porque os moradores das referidas localidades estão
pegando para o consumo em suas residências.
Para colocarar água doce nas residências dos moradores, a dificuldade é
muito grande, para isso, o caminhão-pipa tem que buscar na barragem de
Pedras Altas, que fica localizada há 70 km da cidade.
Mairi e outros municípios da região estão em situação de emergência há
mais de 1 ano, a situação está piorando a cada dia que passa. De acordo
com os principais sites de meteorologia do Brasil, no Nordeste, terá
chuva nos primeiros dias do mês de novembro deste ano.
Redação e fotos: Agmar Rios
Redação e fotos: Agmar Rios
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